Preceito básico

O bom vinho não é o que os críticos e os entendidos enaltecem, nem aquele que custa os olhos da cara, nem o que todos bebem. O bom vinho é aquele de que gostamos, o que conseguimos comprar e, principalmente, o que bebemos em boa companhia!


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Leigo Vinho invade a Argentina

O Leigo Vinho encontra-se em solo "hermano" e já iniciou suas atividades enogastronômicas, que virarâo posts assim que possível.
Um abraço aos leitores.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Canepa Gran Reserva Finísimo Sauvignon Blanc 2010




Esse foi adquirido pelo clube W, da Wine.
Cor amarelo palha bem claro, bastante translúcido. Aromas de média intensidade, bem agradáveis, lembrando frutas cítricas. Na boca mostra bastante frescor, bom equilíbrio, acidez no ponto. Final floral e de média persistência.
Gostei bastante, mas acho caro para o que oferece (65 reais na Wine).
Classificação: bom.





FICHA

Produtor: Viña Canepa
Tipo: Branco - Sauvignon Blanc
Região: Valle de Casablanca
País: Chile
Uvas: Sauvignon Blanc(100%)
Safra: 2010
Temperatura de Serviço: 8ºC
Envelhecimento: 5 meses em tanques de aço inoxidável.
Diretrizes Enogastronômicas: Sopa de mariscos; Ravioli de caranguejo fresco; Queijos de cabra; Atum grelhado.
Estimativa de Guarda: 4 ano(s)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DV Catena Syrah-Syrah 2006 - kung fu de qualidade

Há algum tempo venho acompanhando um blog tão novo quanto o meu. Muito bom. Vejam. Maneira descontraída de falar sobre vinho.
O fato é que neste blog você vai observar um termo peculiar ao descrever um vinho: kung fu. Fui obrigado a perguntar para o autor do que se tratava. Resposta: "Pra ser mais preciso, é uma analogia entre os vinhos sulamericanos e os filmes de aventura americanos que têm de tudo em excesso: Tiroteio, perseguição de carro, explosão, Kung Fu e etc. Acabamos simplificando e ficamos muitas vezes só com o "Kung Fu" pra descrever algum tipo de excesso no vinho. Madeira, fruta, álcool, corpo, etc.
E isso não é algo pejorativo. Nós gostamos dos sulamericanos. E também dos americanos, europeus, sulafricanos e qualquer outro. E o Kung Fu, por sua vez, não é exclusividade dos sulamericanos há algum tempo".
De fato, os vinhos do novo mundo costumam ser bem pujantes, e, algumas vezes, exagerados. Algumas vinícolas buscam agradar a um mercado que exibe um senso coletivo que se desenvolve a cada dia, que tem como reflexo a "parkelização" do gosto pelos vinhos, mostrando preferencia por vinhos robustos, com madeira e fruta como atributos absolutos. 
Por que digo isso?
Esse DV Catena é uma boa expressão desse gosto.
Cor rubi escura, brilhante e pouco transparente. Aromas intensos, com fruta madura e madeira explodindo no nariz, com uma pitadinha de especiarias. Na boca, os aromas se confirmam e amplificam. Taninos redondíssimos. Muito equilibrio e um adocicado bem agradável. Final prolongado, magestoso.
Ou seja, kung fu puríssimo, Bruce Lee nocauteando qualquer um que apareça na frente. Mas com qualidade. Golpes co,m extrema perícia.
Refletindo bem sobre isso, eu confesso: gosto de kung fu!
Classificação: excelente.
Quanto: 58 reais.
Onde: Mistral

FICHA

Produtor: Catena Zapata
País: Argentina
Região: Mendoza
Safra: 2006
Tipo: Tinto
Uva: Syrah (100%)
Vinhedos: Uvas oriundas de dois vinhedos em altitudes diferentes: Agrelo (La Pirámide), com 850m de altura e Vistaflores. Rendimentos limitados. Colheita manual.
Vinificação: Tradicional, com controle de temperatura.
Maturação: Maturado 12 meses em barricas de carvalho, sendo 85% francesas e 15% americanas.
Temperatura de Serviço: 16 a 18ºC
Teor Alcoólico: 14% Vol.
Sugestão de Guarda: Mais de 10 anos
Combinações: Carnes, cordeiro e alta gastronomia.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Confraria IV - Alta Vista

Pois bem. Mais uma reunião da Confraria.


No início todos animados, tanto que fizemos algumas "reuniões" semanais para aproveitar a empolgação e consolidar o grupo. Na verdade, com o tempo o grupo vai-se reduzindo e ficando quem realmente gosta das aventuras enogastronômicas. Previsível.
Aliás, outro dia conversando com algumas pessoas ouvi: "essa história de ficar tomando vinho e tentando achar cheiros e gostos que ele não tem é coisa de chato. Vinho é vinho, tudo igual e pronto."
Conclusão: eu sou chato.
Tudo bem, assumo. Gosto de ficar horas falando sobre o assunto, leio, pesquiso, troco idéia e até criei um blog. Ou seja, sou um chato de galocha.
Voltando ao assunto, nesta quinta, eu e meus companheiros de chatice, nos reunimos para mais um encontro eno-chato-gastronômico. Apreciamos os vinhos da vinícola "hermana" Alta Vista. E os caras sabem mesmo fazer vinhos. Vinhos chatos, para apreciadores chatos, para momentos chatos.
Foram degustados:

Alta Vista Classic Malbec 2008
Classificação : bom.
Alta Vista Classic Cabernet Sauvignon 2008
Classificação : bom.
Alta Vista Premium Malbec 2008
Classificação : bom.
Alta Vista Premium Cabernet Sauvignon 2008
Classificação : bom.
Alta Vista Selection Terroir Malbec 2007
Classificação : muito bom.
Alta Vista Atemporal Blend 2008
Classificação : muito bom.





Todos os vinhos deliciosamente chatos e que dividiram as opiniões e preferências dos enochatos presentes.
Mas, sem dúvida nenhuma, a estrela da noite foi o bacalhau preparado pelo cozinheiro-chato da noite Estevão. Arrebentou.


Resumindo, uma noite muito chata.
Por enquanto, ficamos aguardando a próxima chatice, que acontecerá em março.
Nós sobreviveremos.

A difícil tarefa de comprar vinhos pela internet

Hoje, consumir pela internet é uma realidade, quer pela facilidade, comodidade, segurança ou pela abrangência das ofertas.
Comprar vinhos não é tarefa fácil. Nem todos podem-se deslocar até um ou vários locais para garimpar e abastecer sua adega. Certamente um só local não oferecerá toda a variedade que se procura. As distribuidoras frequentemente se especializam em alguns produtores. Na verdade, as ofertas são monstruosamente variadas.
Considere, então, alguém, como eu, que more no interior, em cidades pequenas onde as únicas opções para se comprar um vinho se resumem a supermercados e algumas poucas lojas que mantem seus vinhos em condições pra lá de precárias.
Assim, a compra pela internet é inevitável e insubstituível em determinadas situações.
Mas o que se deve observar na hora de comprar um vinho?
Primeiramente, se você já sabe o que quer, fica mais fácil. Você faz uma busca pelo nome do produto, verifica onde o preço é melhor e compra, certo? Não é bem assim. O preço é fundamental, mas existem outros fatores a ser considerados. Em que condições esse vinho chegará até você? Em que condiçoes este vinho é mantido no estoque? São perguntas importantes. Respondendo: só comprando para saber. Assim, nunca faça compras qrandes em um site que você não tenha testado antes, com compras menores. Observe em que condições o produto chega até você. Os prazos de entrega foram cumpridos? Aliás, foi explicitado um prazo para entrega no site?
Existe uma outra situação: você não sabe bem o que quer; quer comprar vinhos, mas deseja navegar um pouco, ver se há alguma promoção, ou mesmo se permitir ser sugestionado pelo próprio site ou seu consultor. Verifique as informação sobre o produto contidas nas fichas dos vinhos. São esclarecedoras? São informações fidedignas? Há dicas de degustações e harmonizações? As fichas batem com as fornecidas pelos produtores? (sim, consulte os sites oficiais das empresas produtoras!). Os sites colocam filtros de pesquisa que te agradam ou que estejam de acordo com seus critérios para comprar vinho? Essas questões diferem os sites.
Por último, o site apresenta interfaces seguras e fáceis de se navegar? Tem uns que exigem um cadastro tão cansativo que você desiste no meio.
Com o tempo, naturalmente você vai eleger seus favoritos.
A seguir, para quem não tem muita experiência de compra, sugiro alguns sites que valem a pena de serem visitados e em que se pode confiar (obs.: não tenho vinculação com nenhum, apenas experiência de compras bem sucedidas).
Mistral
Você tem algum outro para indicar?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Allegrini Valpolicella DOC 2008

A região de Veneto é a terceira região produtora da Itália, após a Puglia e a Sicília. Os vinhos da área dos arredores da cidade de Verona incluem o vinho branco Soave, o espumante Prosecco e os tintos Valpolicella e Bardolino. Os vinhos Valpolicella estão entre os mais suaves e frutados da Itália, produzido com as uvas Corvina, Rondinella e Molinara. Passito é o termo italiano para vinho de uva seca e o Valpolicella tem duas versões: Recioto della Valpolicella que é feito com uvas secas em um estilo doce; e a versão seca, um dos vinhos mais famosos da Itália, o Amarone della Valpolicella. Na composição do Valpolicella entram as uvas corvina, molinara e rondinella. A primeira dá personalidade ao vinho, a segunda dá acidez e a terceira, o sabor.
Allegrini é um tradicional e confiável produtor do Veneto.
Este vinho apresentou cor rubi brilhante e translúcida, bem fluido na taça. Aromas intensos, com frutado leve, pinho dominando, com fundo mentolado. Um aroma bem marcante, com personalidade. Corpo leve para médio, bem equilibrado, com taninos macios e alcool brando. Boa acidez, o que o faz bem gastronômico, o que, aliás, é típico de vinhos italianos. Final de média duração e retrogosto confirmando o nariz. Um vinho bem interessante, considerando a proposta de simplicidade própria dos Valpolicella.
Classificação: bom.

FICHA

Produtor: Allegrini
Tipo: Tinto - Assemblage
Região: Veneto
País: Italia
Safra: 2008
Uvas: Corvina Veronese, Rondinella e Molinara.
Graduação Alcoólica: 12.9%
Temperatura de Serviço: 14ºC
Envelhecimento: Curto amadurecimento em aço inoxidável.
Diretrizes Enogastronômicas: massas com molho vermelho, pizzas e comidas italianas em geral.
Estimativa de Guarda: 5 ano(s)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Canepa Finísimo Cabernet Sauvignon 2008

Esse foi adquirido pelo clube W, da Wine. Aliás, recomendo o Clube W a todos. As seleções tem valido a pena, por um preço razoável. A Canepa, tradicional vinicola chilena, produz as seguintes linhas: Clássico (linha de entrada), Novísimo (varietal), Reserva Privada , Finísimo (super premium) e Genovino (ultra premium), além de vinho ícone Magnificum.
De fato, o vinho é de qualidade inquestionável. Cor rubi escura, opaca, denso na taça, com abundantes lágrimas, finas e lentas. Aromas intensos, complexos, inicialmente com fruta madura, cereja e framboesa, passando por toques de tostado e chocolate, e depois, madeira. Na boca confirmou o nariz, sempre bem intenso, com taninos bastante macios, bem equilibrado, com corpo médio. Final persistente.
Um vinho bem tradicional, bem feito.
Classificação: muito bom.

FICHA

Produtor: Viña Canepa
Tipo: Tinto
Região: Valle de Colchagua
País: Chile
Safra: 2008
Uvas/Corte: Cabernet Sauvignon(85%) e Syrah(15%).
Temperatura de Serviço: 16ºC
Envelhecimento: 12 meses em barricas de carvalho francês.
Diretrizes Enogastronômicas: Carré de cordeiro com geléia de hortelã; Carnes vermelhas na parrilla.
Safra: 2008
Estimativa de Guarda: 5 ano(s)
Avaliações: Descorchados: 90

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Confraria III - Toro D'Oro

A última quinta foi mais uma noite de reunião enogastronômica da Confraria Amigos de São Lourenço.
A cozinha desta vez ficou por conta do Samuel, com direito a show pirotécnico.

Lampejos piromaníacos a parte, o rango foi de primeira.


Lá pelas tantas chegaram os bikers em trajes de gosto duvidável.

Mas vamos ao que interessa - os vinhos.
Esta noite tivemos uma degustação de vinhos da linha Toro d'Oro, da Viña Requingua, do Vale de Curicó, Chile.


Toro D'Oro Reserva Sauvignon Blanc 2009
Cor amarelo palha clara, brilhante. Aromas discretos, cítricos. Corpo leve, sem muita complexidade, mas com acidez gostosa. Desceu fácil. As mulheres gostarm muito, com exceção da Carla, que parece ter um gosto mais "masculino".
Classificação: bom.






Toro D'Oro Reserva Chardonnay 2009
Cor amarelo citrino, bonita e reluzente. Aromas de média intensidade, com maça verde e notas florais. Na boca, deixa impressão de frescor, com acidez refrescante, com tom floral acentuado. Final curto, mas agradável.
É um vinho "bonzinho".
Classificação: bom.





Toro D'Oro Gran Reserva Carmenere/Cabernet Sauvignon 2009
Para a maioria dos confrades, a estrela da noite. Agradou muito. Cor rubi escura, brilhante, com lágrimas abundantes, finas e lentas. Aromas intensos,  com cereja e baunilha. Madeira presente, deixando uma impressão de untuosidade no nariz. Na boca, taninos ainda um pouco agressivos, mas sem incomodar. Bem equilibrado, acidez e álcool redondinhos. Final longo.
Classificação: muito bom.





Toro D'Oro Gran Reserva Syrah/Cabernet Sauvignon 2008
O vinho é bom, bem equilibrado e tal, mas deixou a desejar frente ao vinho anterior. Como não ofereceu nada a mais que ele, não nos pareceu uma boa compra em se encontrando o corte com Carmenere, que tem o mesmo preço (30 reais).
Classificação: bom.



Toro D'Oro Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008
Um vinho bem interessante. Apesar de manjada Cabernet, fugiu um pouco da receita fruta+madeira, investindo em um vinho mais fresco, frutado e com uma acidez um pouco mais acentuada que encontramos geralmente com esta uva. A madeira não foi a estrela, apenas um adjuvante para amaciar os taninos. Um CS bem gastronômico. Uma delícia. O consenso geral dos confrades foi de eleger o corte Carmenere/CS como o melhor da noite. Eu preferi este.
Classificação: muito bom.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Undurraga Viejo Roble Reserva Sauvignon Blanc 2008

Tem vinhos que nos ganham com sua simplicidade. Encantam pela singeleza, sem pretender ser algo que não são. Assim é esta linha da vinícola chilena Undurraga.
Inclusive, em recente viagem ao Chile, tive a oportunidade de visitar essa vinícola. Trata-se de uma vinícola relativamente pequena, sem as proporções monumentais de outras gigantes chilenas. A visita é bastante intimista e você se sente em casa. O guia é uma figura carismática e adora brasileiros. Vale a pena.
Voltando ao vinho, na avaliação visual já começa encantando pela garrafa diferenciada, uma marca da vinícola. Amarelo palha bem claro, translucido. Aromas discretos mas de qualidade, evocando maçã verde e abacaxi. Na boca corpo leve, confirmando o nariz, com acidez marcante. Bastante frescor. Final longo, delicado e delicioso.
Um branco simples, mas bem trabalhado. Agradou bastante. Acompanha bem pratos leves, principalmente peixe. Valorizou bastante o peixe ensopado desta noite.
Não encontrei este aqui, mas foi comprado na própria vinícola por algo em torno de 10 reais (acreditem!).
Classificação: muito bom.

FICHA

Produtor: Undurraga
Tipo: Branco
Região: Vale del Maipo
País: Chile
Uvas/corte: 100% Sauvignon Blanc
Safra: 2008
Graduação Alcoólica: 13 %
Temperatura de Serviço: 8ºC
Envelhecimento: 6 meses em barricas de carvalho
Harmonização: Peixes e frutos do mar
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